Jornal Estado de Minas

Policiais não encontram suspeito de esfaqueamento de estudante no Rio

Agência Estado
Rio de Janeiro, 01 - Policiais da 24ª Delegacia fracassaram nas buscas a Michael Douglas Gonçalves da Silva, suposto autor das facadas que feriram o estudante Pedro Arthur Britto Santa Cruz, de 18 anos, no último sábado. A Justiça já expediu mandado de prisão temporária contra o suspeito, indiciado por roubo seguido de lesão corporal grave.

A vítima foi atingida no ombro esquerdo ao reagir a assalto dentro de um trem que passava pela estação de Quintino, na zona norte. Os médicos constataram que Silva perdeu a sensibilidade em dedos das mãos, o que, segundo eles poderá ser recuperado com fisioterapia. O rapaz foi operado. O estado de saúde dele é estável, informou o Hospital Salgado Filho.

Os assaltos nas estações e trens da SuperVia assustam passageiros e, sem estatística oficial em que possam ser agrupados, seus registros estão diluídos pelas delegacias da Região Metropolitana do Rio. Em meio a dificuldade em quantificar a insegurança nos trilhos, a Secretaria Estadual de Transportes promete, ao longo do ano, triplicar o efetivo de policiais militares que atuam no sistema de trens - de 30 para 90.

Para o secretário Carlos Roberto Osório, o crime "foi ato de extrema covardia contra um passageiro do sistema ferroviário". "Vimos isso como um ataque duro ao sistema ferroviário. Não podemos admitir ter um passageiro sofrendo esse tipo de violência no transporte público no Rio", disse.

De acordo com Osório, o pedido para o aumento do efetivo do Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer) foi feito ao comando da PM. Ele espera ainda reforçar a parceria com a Polícia Civil, que tem acesso direto às câmeras de segurança de estações e vagões de trem e metrô. Há 47 trens sem câmeras de segurança na frota de 162 composições da Supervia.

Apesar da falta de estatísticas, o secretário afirma não haver uma escalada de crimes em trens. Ele espera que a repercussão do caso do estudante desencoraje novos assaltos, graças à identificação e possível prisão do criminoso. Em março, dois arrastões ocorreram no metrô do Rio, transporte até então considerado seguro. Três suspeitos foram identificados e presos.

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