Apesar de ter passagem por roubo, o suspeito não pretendia praticar o mesmo crime. "Ele avisou a todo momento que não iria machucá-la e não queria nenhum bem material", contou a delegada. "Ele só queria a presença da imprensa."
A refém é a auxiliar de enfermagem Leila Lima, de 26 anos, que voltava do trabalho. "Ele não fez nada, só me ameaçou. Disse que estavam tentando matá-lo e queria me usar como escudo", declarou a vítima.
Segundo o motorista do ônibus, Edison Pacheco de Souza, de 58 anos, o suspeito havia embarcado algumas paradas antes de Leila. Pouco depois de a jovem entrar, ele a agarrou pelo abdômen fazendo sinal de que estava armado - o que acabou não se confirmando.
Pacheco dirigiu o ônibus por algumas quadras e parou na própria avenida Nossa Senhora de Copacabana, na esquina com a rua Hilário de Gouveia, a apenas uma quadra da delegacia. Avisados, agentes da própria DP foram negociar a rendição, que ocorreu sem que o suspeito esboçasse reação. Pelo menos três viaturas da PM deram apoio.