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Estado de Minas

Quase 40% dos brasileiros vivem em casas inadequadas


postado em 20/06/2015 06:00 / atualizado em 20/06/2015 07:51

Entre os indicadores pesquisados, o atendimento por rede de esgoto é a maior deficiência observada pelo IBGE(foto: Vanderlei Almeida/AFP)
Entre os indicadores pesquisados, o atendimento por rede de esgoto é a maior deficiência observada pelo IBGE (foto: Vanderlei Almeida/AFP)
Brasília – Apesar da melhora de indicadores sociais e do aumento da renda dos brasileiros nos últimos anos, as moradias inadequadas ainda representavam 38,3% dos domicílios brasileiros em 2012, segundo a sexta edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015, divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa considera inadequados os domicílios em que pelo menos um dos pré-requisitos não era atendido: até dois moradores por dormitório, existência de rede geral de esgoto ou fossa séptica, coleta de lixo direta ou indireta e rede geral de água. A maior deficiência, segundo o órgão, é o atendimento por rede de esgoto.

Por outro lado, a fatia de residências inadequadas, apesar de ainda ser elevada, vem diminuindo de forma contínua. Em 2011, por exemplo, os domicílios nessa condição eram 39,1% e, no início dos anos 2000, somavam quase a metade das casas. “Os indicadores sociais estão melhorando, embora lentamente. Isso é natural, os investimentos não são feitos de um ano para o outro, e o resultado vem no longo prazo”, explica Denise Kronemberger, gerente de Estudos Ambientais do IBGE.
O levantamento mostra grandes diferenças regionais, o que também ocorre com outros indicadores sociais. As regiões com a maior proporção de moradias inadequadas são Norte (71,8%), Nordeste (54%) e Centro-Oeste (50,3%). Enquanto isso, os menores percentuais são verificados no Sul (30,6%) e no Sudeste (23,9%) São Paulo é o Estado com mais moradias adequadas, num total de 80,6%. Na outra ponta, a pior situação é Amapá (19,7%).

RECICLAGEM
Quase todas as latinhas de alumínio produzidas no País são recicladas, segundo o IDS Brasil 2015. Em 2012, o reaproveitamento foi de 97,9%. O resultado, no entanto, não reflete apenas a preocupação do brasileiro com o meio ambiente. “Há uma conscientização ambiental, mas o alto aproveitamento está mais ligado ao grande retorno financeiro obtido pelos catadores de lixo”, afirma Júlio Jorge Gonçalves da Costa, pesquisador da Coordenação de Recursos Naturais (Cren) do IBGE.

A pesquisa mostra ainda que o índice de reciclagem de alumínio (não apenas latas) foi de 98,3% em 2011, superior a países desenvolvidos como Japão e Estados Unidos. Além do aspecto econômico, o reaproveitamento do produto ocorre também diante da facilidade para coletar, transportar e vender o alumínio, além da disponibilidade durante todo o ano.
De acordo com o IBGE, o reaproveitamento de outros produtos também vem aumentando, mas ainda numa proporção menor do que ocorre com as latinhas. Ao todo, 59% das embalagens PET foram recicladas em 2012. O porcentual é menor no caso das embalagens longa vida (29%), uma vez que há necessidade de separar os materiais componentes (papel, alumínio e plástico). Esse processo é caro e dificulta a reciclagem desse tipo de embalagem, explicam os pesquisadores do IBGE.

Desmatamento

Apesar de ainda ser o bioma mais devastado do país, a Mata Atlântica registrou uma leve recuperação em termos de área preservada entre 2010 e 2012, segundo dados do estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2015, do IBGE. A área desmatada caiu de 88% para 85,5% no período. Ainda assim, dos mais de 1,3 milhão de quilômetros originais, restam apenas 14,5%. Já o desflorestamento da Amazônia, que reúne a maior biodiversidade do planeta, mostrou tendência de queda entre 2005 e 2013, atingindo o nível mais baixo em 2012. Apesar disso, a derrubada da vegetação nativa já atinge 15% da área da Amazônia Legal.


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