Segundo a Polícia Civil, a travesti Laura Vermont, nome adotado por David Laurentino de Araújo, de 18 anos, foi a uma festa na Avenida Nordestina, na região da Vila Jacuí, na madrugada de sábado. Lá, brigou com outra travesti e ficou com ferimentos no rosto e em outras parte do corpo.
A abordagem
A Polícia Militar foi chamada e os dois agentes suspeitos tentaram apartar a briga. Laura escapou da abordagem, fugiu dirigindo o carro dos policiais, mas acabou batendo em um poste.
Em seguida, ainda de acordo com as investigações, teria sido alcançada e começou a ser agredida pelos PMs, que só pararam com a chegada da família da travesti, que a levou para um hospital próximo, onde morreu. De acordo com laudo do Instituto Médico-Legal, Laura levou pelo menos um tiro no braço da arma de um dos policiais envolvidos na ocorrência.
Inicialmente, os PMs contaram na delegacia que após fugir no carro oficial e bater em um poste, a travesti ainda bateu a cabeça contra um muro e, mesmo atordoada, saiu andando e bateu a cabeça em um ônibus.
Os PMs disseram que levaram Laura para o hospital. Eles apresentaram uma testemunha que, depois, confessou que teve de escrever em um papel o que iria dizer no depoimento para não prejudicar os policiais.
A farsa só foi descoberta porque a mãe de Laura ligou para a Corregedoria da PM e também localizou testemunhas que desmentiram os policiais.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..