Jornal Estado de Minas

Bope afasta 14 PMs investigados no episódio do sumiço do pedreiro Amarildo

Polícia Civil concluiu que morador da Rocinha foi torturado e morto, mas seu corpo nunca foi encontrado

O Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da Polícia Militar do Rio, divulgou nesta terça-feira, que afastou de suas funções 14 agentes investigados no episódio do sumiço do pedreiro Amarildo de Souza na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio.

O Bope não divulgou o nome dos policiais. A Polícia Militar vai investigar esses PMs em um inquérito policial militar aberto na última segunda-feira, 22.

A decisão acontece depois da divulgação de imagens de câmeras instaladas em ruas da favela da Rocinha, que mostram que na noite em que o pedreiro desapareceu, quatro caminhonetes do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) foram até a UPP. Além disso, as investigações apontaram que os policiais desligaram o GPS (equipamento que permite monitorar o trajeto feito pela viatura) de uma das caminhonetes do Bope - o aparelho só voltou a funcionar 58 minutos depois. Ao sair da sede da UPP, esse veículo trazia em sua carroceria, além de quatro policiais, um volume que pode ser o corpo de Amarildo.


Amarildo desapareceu em 14 de julho de 2013, após ser conduzido à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, para averiguação. A Polícia Civil concluiu que ele foi torturado e morto, mas seu corpo nunca foi encontrado. Vinte e cinco policiais foram acusados pelo crime, mas agora o Ministério Público investiga a hipótese de envolvimento de mais policiais - esses do Bope, que estiveram na sede da UPP na noite do sumiço do pedreiro.

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