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Estado de Minas

Padrasto confessa estupro e assassinato de enteada no Recife

Gildo Xavier será indiciado por sequestro, estupro, homicídio e ocultação de cadáver de Maria Alice de Arruda Seabra, de 19 anos. Se for condenado nas penas máximas, pode pegar até 48 anos de prisão


postado em 25/06/2015 15:24 / atualizado em 25/06/2015 15:52

Alice Seabra foi criada com o padrasto desde que tinha 4 anos(foto: Reprodução/Facebook)
Alice Seabra foi criada com o padrasto desde que tinha 4 anos (foto: Reprodução/Facebook)

Antes de ser assassinada, Maria Alice de Arruda Seabra, de 19 anos, foi estuprada pelo padrasto, o operário de construção civil Gildo da Silva Xavier, 34, assassino confesso da jovem. A declaração foi feita nesta quinta-feira durante depoimento dele na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A confissão foi detalhada, nesta tarde, pela delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações. Gildo Xavier será indiciado por sequestro, estupro, homicídio e ocultação de cadáver. Se for condenado nas penas máximas, pode pegar até 48 anos de prisão.

Segundo o suspeito, o estupro aconteceu dentro do carro alugado por ele, às margens da BR-101 Norte, em Recife/PE, na tarde da última sexta-feira, quando Alice deixou a casa onde morava, na companhia dele, iludida sobre uma proposta de emprego em Gravatá.

Gildo disse que antes do crime perguntou porque ela teria feito a tatuagem no antebraço com o nome do pai em hebraico, mas negou ter decepado a mão da vítima. O ajudante de pedreiro falou que sentia desejo pela enteada, que ajudou a criar desde os quatro anos, desde que ela completou 16 anos de idade. Ele acrescentou que antes dos crimes deu o medicamento Rupinol a Alice.

Em depoimento à polícia, Gildo Xavier confessou sentir desejo pela enteada desde que ela completou 16 anos(foto: Reprodução/Facebook)
Em depoimento à polícia, Gildo Xavier confessou sentir desejo pela enteada desde que ela completou 16 anos (foto: Reprodução/Facebook)

O depoimento durou cerca de três horas e terminou no início da tarde desta quinta-feira. As informações prestadas pelo suspeito ainda serão confrontadas com os resultados dos exames feitos no cadáver da vítima e a perícia que será realizada no veículo. O teste será realizado na noite desta sexta-feira utilizando luminol, uma substância que aponta possíveis vestígios de sangue, e que poderão indicar se Alice começou a ser agredida ou mesmo morta dentro do carro.

Além disso, uma camisa branca encontrada enrolada na cabeça da vítima passará por análises no Laboratório de Genética Forense. Com os testes, que terão início esta tarde, será possível indicar se a vítima foi sufocada com ajuda da peça de roupa. Também na tarde desta quinta-feira os delegados Gleide Ângelo e Nehemias Falcão falarão sobre as investigações, na sede da especializada, no bairro do Cordeiro, no Recife.

O corpo de Maria Alice foi localizado na tarde desta quarta-feira, sem a mão esquerda, vestido com uma bermuda amarela e uma camiseta vermelha, e o rosto coberto por uma camisa branca. Depois de cinco dias desaparecida, foi encontrada sem vida em um canavial do Engenho Burro Velho, no km 28 da BR-101 Norte, em Itapissuma. O local foi indicado pelo padrasto da jovem.


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