No Dia Municipal do Transporte Escolar, grupos de veículos escolares saíram de diferentes áreas da cidade e causaram lentidão em importantes vias como a Radial Leste e o Corredor Norte-Sul. Foi a segunda vez na semana que houve manifestação. A Polícia Militar não informou a quantidade de veículos que participavam do ato.
Os manifestantes têm diversas reivindicações. A principal delas é a obrigatoriedade do uso das cadeirinhas, que passa a valer a partir de fevereiro de 2016.
A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) foi publicada em junho deste ano e determina que os dispositivos de segurança no transporte de menores de 7 anos e meio (bebês conforto e assentos de elevação) são itens obrigatórios nos veículos de transporte escolar.
Um dos argumentos dos condutores é que o serviço não é exclusivo a crianças e, muitas vezes, os carros atendem desde bebês a até estudantes universitários.
Outra questão é a padronização do veículo. Em seu site, o Sindicato do Transporte Escolar do Estado de São Paulo (Simetesp)esclarece que a resolução gera um imbróglio, uma vez que "as cadeirinhas não conseguirão ser afixadas aos bancos estreitos dos veículos adaptados e com cintos de segurança de dois pontos".
A padronização também é um desejo dos manifestantes, pois a isenção fiscal na compra dos veículos - semelhante à dada aos táxis - estaria vinculada a essa determinação que deve ser feita por órgãos federais.
No entanto, o protesto desta quarta-feira não é organizado pelo sindicato. "A pauta é válida, mas já estamos em negociação com representantes públicos", afirmou o diretor de logística e planejamento do Simetesp, Donay Neto, que acredita que o ato cause confusão no trânsito da cidade.
Além da questão das cadeirinhas e da isenção fiscal, a manifestação pede que a Prefeitura libere o uso de insulfilm, que as emissões dos certificados de condutores para transporte seja limitado e que seja definida uma planilha tarifária.
"A gente está enfrentando o problema relacionado às cadeirinhas. Em função disso, os motoristas resolveram reivindicar outras questões também. Concordamos com as reivindicações, mas falta foco e isso vai confundir a cabeça da população", avaliou Neto. De acordo com ele, os protestos desta semana foram organizados pela internet e pelas redes sociais.
Segundo o Simetesp, a cidade de São Paulo tem 13 mil transportadores escolares e cerca de 500 estariam participando do protesto desta quarta-feira no Pacaembu.