São Paulo, 14 - Duas novas testemunhas levantam dúvidas sobre suposto suicídio de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, assassinado em 2014, aos 11 anos, no Rio Grande do Sul. Os depoimentos foram ao ar no programa Fantástico, da Rede Globo, na noite deste domingo, 13.
Em uma história ainda mal explicada, Odilaine morreu em fevereiro de 2010 - ela foi encontrada morta no consultório do marido, o médico Leandro Boldrini. Na época, a polícia concluiu que a mulher havia se matado com um tiro. Desconfiada, sua mãe contratou peritos particulares para investigar o caso. Para eles, a caligrafia da suposta carta de despedida não era a de Odilaine.
Diante disso, a Justiça reabriu o caso. Agora, novos depoimentos tentam mudar a tese de suicídio - mais de 30 pessoas já foram ouvidas. A empregada da família, Nelci de Almeida e Silva, revelou que, no dia da mulher de Odilaine viu uma arma no cofre de Leandro. "No dia da morte dela, ele veio tarde da noite em casa.
De acordo com laudo do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, não foi possível identificar se a bala que matou Odilaine saiu do revólver encontrado no local em que ela morreu.
O texto da suposta carta de despedida diz "não tenho irmãos, sou sozinha". Um dos irmãos de Odilaine foi localizado pela Rede Globo. Flávio Campos mora no Rio. "Eu acho isso um absurdo, porque ela tem irmãos. Tem eu, tem mais um aqui no Rio, tem mais outro em Porto Alegre", disse ele.
Bernardo foi morto aos 11 anos de idade, em 2014. De acordo com a polícia, o menino recebeu uma injeção letal da madrasta, Graciele Ugulini.