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Estado de Minas

Beagle do Instituto Royal vive há dois anos na rua em São Roque


postado em 21/10/2015 17:31

Sorocaba, 21 - Uma cadela da raça beagle, que teria sido resgatada por ativistas com outros 177 animais, há dois anos do Instituto Royal, em São Roque, foi deixada para trás e vive na rua. O animal é alimentado por moradores, mas dorme ao relento e vagueia ao redor das instalações. Desde que foi invadido pelos defensores dos direitos dos animais, em outubro de 2013, o instituto está fechado. Na ocasião, as instalações foram depredadas - os invasores alegaram que os cães sofriam maus tratos.

Os moradores têm certeza de que a cachorra fazia parte do plantel do Royal. "Ninguém tinha beagle aqui na vizinhança", garante o empresário Isaque Martins, que tem empresa vizinha do instituto.

Ele acredita que a cachorra tenha sido levada por um dos invasores que, ao saber que a polícia investigava o furto dos animais, decidiu devolvê-la. "A pessoa deve ter soltado a cadela por aqui, achando que alguém ia encontrá-la", supõe.

Outros moradores acreditam que a beagle fêmea pode ter fugido da casa em que era mantida e voltou para a antiga "casa". Como encontrou o local fechado, ficou vagando por ali.

Moradores colocam ração e alimentos em pontos estratégicos para que a cachorra não passe fome, mas o animal dorme na rua e já pegou sarna. A fêmea já foi vista revirando lixo em busca de comida. Alguns moradores tentaram levar a cadela para casa, mas a beagle se mostrou arredia.

"Ela está com os pelos caindo e precisa de um veterinário", disse Martins. Ele tentou contato com ativistas e organizações protetoras de animais pelas redes sociais, mas não teve retorno.

A prefeitura de São Roque informou que enviou equipe de zoonoses ao local nesta quarta-feira, 21, mas a beagle não foi encontrada. Moradores disseram aos funcionários que uma Ong teria recolhido a cadela, mas até a tarde não havia confirmação. Se for recolhida, a cadela será encaminhada para adoção.

O caso

O Instituto Royal utilizava cães da raça beagle e outros animais em testes para produtos farmacêuticos com autorização dos órgãos da vigilância sanitária, mas passou a ser visado pelos ativistas após denúncias de maus tratos. Na primeira invasão, cerca de cem pessoas, com apoio de black blocs, arrombaram os portões e viveiros e retiraram os cães.

Numa segunda invasão, foram resgatados ratos, coelhos e outros roedores. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o furto dos animais, mas a investigação foi encerrada sem que ninguém fosse acusado. Outro inquérito que apura os maus tratos também não foi concluído.


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