O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira que 134 casos de microcefalia foram causados pelo zika vírus desde o início do ano no país. Segundo o balanço, 2.165 casos ainda estão sendo investigados para saber se há relação com o vírus e outros 102 foram descartados.
O governo anunciou que irá distribuir repelentes às gestantes para evitar a contaminação pelo mosquito Aedes aegypti. Uma das 29 mortes que investigadas por decorrência de microcefalia foi confirmada e duas foram descartadas. Outros 26 casos de mortes suspeitas de terem sido causadas por microcefalia ainda estão sob investigação.
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Limpeza ainda é o melhor jeito de evitar o mosquito da dengue, zika e outras doençasEm meio à preocupação com o zika, BH tem média de 45 casos de dengue por dia em 2015Complicações do vírus Zika ainda estão sendo conhecidas, dizem especialistasMicrocefalia associada ao vírus zika preocupa gestantes no paísBrasil vai enfrentar primeiro verão com dengue, chikungunya e ZikaSão Paulo cria força-tarefa para deter zikaPara mudar as notificações, será preciso que esteja comprovada a circulação do vírus na região, por meio de exames realizados em laboratórios regionais. Com a medida, que deverá ser anunciada nos próximos dias, o Ministério da Saúde quer ter uma noção mais exata da dimensão dos casos registrados atualmente no País.
O vírus zika chegou ao Brasil no início do ano. Na sequência, espalhou-se por 14 Estados e provocou epidemia no Nordeste. Transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, o vírus era considerado como pouco ameaçador. A prática, no entanto, mostrou o oposto.
Perímetro cefálico
O Ministério da Saúde diminuiu de 33 cm para 32 cm a medida padrão do perímetro cefálico dos bebês, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os recém-nascidos que apresentarem crânio menor que isso serão considerados suspeitos de microcefalia. Segundo o ministério, a medida anterior foi definida para "incluir um número maior de bebês na investigação".
O zika invade a placenta da mulher grávida, entra na corrente sanguínea do bebê e provoca uma inflamação dos neurônios, comprometendo a formação do cérebro, que fica diminuído. A criança com microcefalia, segundo pediatras, pode ter problemas linguísticos, cognitivos e motores, retardando o desenvolvimento de habilidades básicas como falar, sentar, engatinhar e andar.