Existe viabilidade técnica para que as operadoras de telefonia cumpram a determinação judicial de bloqueio do aplicativo Whatsapp, por 48 horas, no Brasil. A regra vale também para provedores de acesso de internet fixa, de modo que o aplicativo, se não houver medidas que cassem a decisão, deve mesmo ficar inativo nos aparelhos móveis e também na versão desktop. A decisão vale a partir da 0h desta quinta-feira.
As teles, por meio do Sinditelebrasil, afirmam que cumprirão a determinação judicial. A Claro foi a primeira a se posicionar isoladamente: "Em cumprimento à determinação judicial, dirigida a todas principais empresas de telecomunicações, (a empresa) irá bloquear o aplicativo Whatsapp, em todo território nacional, a partir da 0h (zero hora) de hoje (17 de dezembro), pelo período de 48 horas". A medida foi imposta sob pena de multa pela Justiça de São Paulo por meio de uma medida cautelar, mas o autor da ação está mantido sob sigilo.
"Já existem operadoras que liberam o Whatsapp de graça. Isso exemplifica que elas já conseguem detectar o que é tráfego de Whatsapp. Portanto, há também meios técnicos para fazer o bloqueio", explica Kurt Urban, gerente de data center dos Diários Associados Na internet, a reação à notícia foi tragicômica, enquanto a busca por aplicativos alternativos ocorria.
Para o advogado especializado em direito tecnológico Alexandre Atheniense, a falta de detalhes a respeito da decisão judicial dificulta avaliações do processo. "Eu suspeito que seja medida por parte de alguma operadora que estava se sentindo lesada pelo Whatsapp, já que o serviço permite realizar chamadas fora do pacote de voz", diz.