No último dia de trabalhos legislativos de 2015, ocorrida na segunda-feira, 22, os vereadores de São Paulo aprovaram 106 projeto de lei, sendo 35 deles em segunda votação - que serão levados para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). Entre os projetos aprovados, está um texto que regulamenta o compartilhamento de carros na cidade, uma lei pensada para liberar o aplicativo Uber, que passou em primeira votação.
O texto, do vereador José Police Neto (PSD), cria algumas exigências para os motoristas que compartilham seus veículos, pedindo por exemplo um atestado de antecedentes criminais. Diz ainda que empresas que façam a intermediação entre motoristas e clientes deve se cadastrar na Prefeitura e informar a lista de motoristas cadastrados. O conjunto de regras também tenta se adiantar e regulamentar carros que operam sem condutor - como os que o Google vem testando na Califórnia, nos Estados Unidos, ainda sem informações sobre vendas.
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Projeto que une Uber a táxis em Belo Horizonte é aprovado em segundo turnoHaddad decide sobre legalidade de aplicativo Uber em 2016Câmara de Porto Alegre aprova projeto de lei que proíbe o UberTaxistas protestam em São Paulo, Rio e Brasília contra o UberMotorista do Uber é espancado por taxistas em Porto AlegreUber e outros aplicativos terão de comprar crédito para atuar em SPEm SP, taxistas bloqueiam Viaduto do Chá contra regulamentação do UberAntes de ser levado para a sanção do prefeito, o texto ainda precisa passar por uma segunda votação, que deve ocorrer no ano que vem. A Prefeitura também deve se pronunciar sobre formas de regulamentar o Uber também no primeiro semestre do ano.
"Pé de pauta". Como ocorre todos os anos, os vereadores de São Paulo incluíram uma série de projetos de lei na pauta do último dia de votação na segunda, data em que o Orçamento do ano seguinte é aprovado.
O único grupo de projetos que sofreu resistência foi uma série de benefícios pedidos pelo Tribunal de Contas do Município. Os cinco conselheiros do TCM queriam liberar supersalários para a servidores da corte e ainda criar um auxílio para planos de saúde de R$ 2 mil. Embora os vereadores fossem contrários ao texto, o presidente da Câmara, Antônio Donato (PT), os incluiu no pé de pauta. A tentativa de aprovar o texto, no entanto, não deu certo.
Vilas
Os vereadores tentaram aprovar, ainda, texto que liberava o fechamento de ruas de vila o dia inteiro, em um projeto substitutivo a texto do governo Haddad que regulamentava o fechamento apenas à noite. Aí, foi a vez da base governista agir para bloquear a votação, contrária aos interesses do Executivo..