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Estado de Minas

Hospitais estaduais voltam a funcionar no Rio

Rotina nos hospitais estaduais começou a se normalizar, após a decretação de estado de emergência e da oferta de ajuda federal e do município


postado em 26/12/2015 06:00 / atualizado em 26/12/2015 07:47

Hospital Estadual Getúlio Vargas reabriu após ter a emergência interditada e fechada por tapumes (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Hospital Estadual Getúlio Vargas reabriu após ter a emergência interditada e fechada por tapumes (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio – A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro informou ontem que a rotina nos hospitais estaduais começou a se normalizar, após a decretação de estado de emergência e da oferta de ajuda federal e do município. As unidades Rocha Faria, Albert Schweitzer, Carlos Chagas, Getúlio Vargas, Adão Pereira Nunes, Azevedo Lima, Alberto Torres, Hospital da Mulher, Hospital da Mãe e Melchíades Callazans voltaram a funcionar normalmente. De acordo com a nota oficial da secretaria, “vale ressaltar que se trata de unidades de urgência e emergência” e que “pacientes de baixa complexidade” serão encaminhados para Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) ou de atenção básica. “Todos os pacientes serão atendidos considerando sua classificação de risco, dos mais graves para os menos graves”, diz a nota.

No Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste, as especialidades clínica médica, cirurgia geral, ortopedia, pediatria e maternidade já funcionam “sem restrições”. No domingo passado, a direção do hospital registrou na delegacia do bairro que não havia mais condições mínimas de oferecer atendimento digno aos pacientes, diante da carência de materiais imprescindíveis ao bom atendimento, como remédios, seringas e até gases para ataduras.

Na véspera do Natal, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) decretou situação de emergência na saúde. Naquele mesmo dia, ele obteve empréstimo de R$ 100 milhões da Prefeitura do Rio para abastecer emergencialmente os estoques hospitalares e pagar parte dos salários atrasados aos profissionais da área, concursados e terceirizados. Ao todo, a saúde do Rio vai receber, nas próximas semanas, além dos R$ 100 milhões, R$ 135 milhões do Ministério da Saúde, divididos em três parcelas, e R$ 152 milhões de receita oriundos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

No Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte, que chegou a ter a Emergência fechada e interditada por tapumes, as pessoas que chegavam eram logo encaminhadas ao interior da unidade para uma primeira triagem. “Infelizmente, o povo tem que depender dele (do Hospital Getúlio Vargas). Condição para bancar um plano de saúde hoje em dia está difícil”, disse Marcelo Santos, que, com a mulher Fernanda de Souza, levou à unidade a filha de 3 anos, que estava apresentando tosse fazia uma semana, inclusive com episódios de vômito. O atendimento foi imediato, mas Fernanda reclamou da rapidez da consulta: “O médico disse que a criança não tem nada e mandou ir para um posto de saúde. Com certeza, não é o atendimento que eu gostaria de ter”.

QUEDA NA ARRECADAÇÃO As verbas liberadas para os hospitais do Rio devem suprir as necessidades imediatas, como pagamento de funcionários e compra de insumos, até a primeira quinzena de janeiro, segundo o governador Pezão. O estado do Rio foi afetado pela perda de arrecadação com a crise da indústria petrolífera, que registrou uma baixa histórica no preço do barril de petróleo e ainda sofreu com a interrupção de investimentos da Petrobras, após a deflagração da Operação Lava Jato.

Na véspera de Natal, um caminhão com o primeiro lote de medicamentos, seringas e outros materiais foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, de onde o material também será distribuído para os hospitais Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. No total, o ministério vai doar R$ 20 milhões em produtos destinados à saúde para o governo do estado.


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