Abertura não oficial do carnaval carioca reúne foliões no centro do Rio

Ao todo, nove blocos desfilaram com diferentes ritmos, desde marchinhas, maracatus até rock ao ritmo de escola de samba

Agência Brasil

A abertura não oficial do carnaval carioca começou mais cedo este ano e reuniu centenas de pessoas hoje (3) na região da Praça XV, no centro.

O Frevo Prato Misterioso iniciou a folia pela manhã na Rua do Mercado, marcando seus 70 anos de existência. Ao todo, nove blocos desfilaram com diferentes ritmos, desde marchinhas, maracatus até rock ao ritmo de escola de samba.

Integrante do Bloco do Rock, Orlando Amaro participa do encontro pelo quarto ano consecutivo e afirma que a combinação samba e rock tem agradado. “Tocamos Guns'N Roses, Iron Maiden, Kiss, Rolling Stones, com bateria, marcação, jogando baixo e guitarra em cima e o vocal igual”, disse. “Vale muito a pena esse evento, pois é muito democrático, tem de tudo”, completou.

O estudante Thiago Ciodaro estava fantasiado de Fantasma da Ópera. “Eu prefiro esse carnaval pois não fica tão cheio e dá para curtir mais, apesar de também ter menos infraestrutura”, afirmou Ciodaro, que participa da festa desde sua criação.

O defensor público Paulo Almeida veio de Minas Gerais para a festa de réveillon e aproveitou para pular carnaval. “Morei aqui quatro anos e já sei o esquema, você vem para o Ano-Novo e emenda com o pré-carnaval”, disse. “O bom do carnaval do Rio é que ele começa em janeiro e termina em março e, se não tiver como vir no carnaval precisamente, dá para aproveitar o pré-carnaval ou o pós-carnaval.
Ninguém pode reclamar, tem tempo suficiente para vir e curtir”, acrescentou.

O evento é organizado pelo movimento Desliga dos Blocos, que luta contra o excesso de regras e a mercantilização da festa.

Alguns foliões reclamaram da falta banheiro e local para comer. A supervisora de vendas Mônica Rodrigues veio comemorar o aniversário com a família e trouxe comida de casa. “Trouxemos queijo, batata frita, azeitona e a cerveja. O evento está bom, mas não tem banheiro químico nem lugar perto onde lanchar. Só faltou isso para ficar tudo perfeito.”

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