O ministro disse que o imunizante, uma vez desenvolvido, seria fornecido para parte da população considerada mais suscetível. "Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Mas para pessoas em período fértil. E vamos torcer para que mulheres antes de entrar no período fértil peguem a zika, para elas ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina", disse.
Três laboratórios públicos se preparam para iniciar projetos para desenvolvimento de vacinas que protejam contra o zika. Castro, afirmou que Evandro Chagas, Biomanguinhos e Instituto Butantã já começam a se articular para, em colaboração com outros centros de pesquisa internacionais, iniciar as pesquisas.
"O projeto é a longo prazo. Não teremos nenhuma resposta antes de, pelo menos, dois anos", afirmou.
Nesta sexta-feira, 15, Castro deverá visitar o Instituto Butantã para discutir as propostas. Sábado, será a vez de Biomanguinhos. Com o Instituto Evandro Chagas, as negociações estão mais adiantadas. "Queremos definir estratégia rapidamente. Cada mês perdido pode representar meses a mais sem uma arma eficaz de combate ao problema", disse.
O ministro afirmou que os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) estão entre os cotados para parceria de desenvolvimento de projeto contra o zika. "Acreditamos que essa vacina seja mais fácil de ser preparada do que a da dengue, porque envolve apenas um vírus, não quatro subtipos, como ocorre com a dengue", comentou Castro.
O ministro garantiu que não faltarão recursos para o desenvolvimento de projetos nesta área. De acordo com ele, a verba necessária não é "exorbitante". "Mais caro será depois da vacina produzida, você distribuir. No caso da zika, a gente tem uma facilidade que é um público alvo", completou..