De acordo com a assessoria de imprensa da Localfrio, um contêiner que armazena produto químico acabou sendo invadido por água de chuva, provocando uma reação química que pode colocar em risco a saúde das pessoas que entrarem em contato com a névoa.
Cerca de 30 pessoas procuraram atendimento médico e orientação após sentirem irritação nos olhos, náuseas e dificuldades para respirar, segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura do Guarujá.
A prefeita da cidade Maria Antonieta de Brito (PMDB) solicitou às pessoas que moram no distrito de Vicente de Carvalho, próximas ao Porto de Santos, onde ocorreu o vazamento de um composto de cloro, saiam de suas casas e procurem abrigo na casa de parentes e amigos. Segundo a prefeita, três unidades de saúde estão mobilizadas para atender as pessoas que passarem mal por causa da fumaça. É possível que os moradores sintam ardência nos olhos e até desmaio.
A orientação é que as pessoas que estão sentindo o cheiro forte do gás utilizem somente pano seco para poder respirar e coloquem panos secos nas frestras das portas e janelas. Em nenhum caso usem pano molhado. Há ainda a orientação para que as pessoas não saiam na chuva, porque a nuvem de material tóxico se precipita com a chuva e pode queimar.
Médicos do Exército e Aeronáutica vão reforçar a equipe de atendimento da Prefeitura. A Base Aérea de Santos, que fica em Guarujá, disponibilizou médicos, enfermeiros e ambulâncias.
O Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano, entrou em contato com a Prefeitura para informar que a equipe de combate à emergência química está em contato com a Cetesb avaliando as medidas necessárias para o caso. Além disso, as equipes que trabalharam no combate ao fogo no incêndio da Ultracargo no último ano, em Santos, também auxiliam nos trabalhos.
Imagens registradas nas redes sociais mostram a Avenida Santos Dummont, a principal de Guarujá, coberta por uma névoa. Não é possível ver focos de incêndio no local. Veja vídeo publicado no Youtube pela "A Tribuna Jornal":
A Guarda Portuária da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, detectou o incêndio por volta das 15h15, a partir de monitoramento realizado por sistema de câmeras.
As manobras de entrada e saída de navios para o terminal de contêineres da Santos Brasil, no Porto de Santos, foram suspensas pela Capitania dos Portos de São Paulo, no final desta tarde, por medida preventiva, até que a situação se normalize. Os demais terminais do Porto de Santos operam normalmente. O terminal para Contêineres da Santos Brasil, localizado ao lado da Localfrio, por medida preventiva, também paralisou suas operações nesta tarde.
O terminal da Localfrio opera com cargas frigorificadas. Trata-se de um terminal localizado na área do Porto, mas sem interface marítima. As instalações não abrangem área de cais. As cargas operadas com navios ocorrem, principalmente, através do Terminal de Contêineres da Santos Brasil. Veja galeria de fotos:
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