Os 20 cursos sem nota de corte representam 14% das carreiras oferecidas pela USP no Sisu. Desses, 16 são voltados para alunos de escolas públicas, sendo dois deles para pretos, pardos e indígenas. Os outros quatro são de ampla concorrência.
Na última sexta-feira, 8, o jornal O Estado de S.Paulo publicou reportagem indicando que havia notas mínimas muito altas. As onze carreiras que exigem notas mínimas de 700 e as cinco com mínimos de 650, anotados pela reportagem, estão sem candidatos gabaritados para preencher as vagas. Outras três carreiras que exigem notas mínimas de 600 também estão sem nota de corte.
Os dados do Sisu foram tabulados pela Evolucional, empresa de tecnologia da educação, especialmente para a reportagem. No ano passado, só 19 carreiras das 5,5 mil disponíveis no Sisu exigiam mínimo de 600 - nenhuma exigia 700, como fez a USP.
Na semana passada, a reitoria da USP não respondeu aos questionamentos da USP. A professora Elizabeth Balbachevsky defendeu, entretanto, que as exigências mínimas seriam irrelevantes. "A nota de corte já deve ser bastante alta, independente do mínimo, por causa da forte concorrência", completa.
A reportagem entrou em contato com a USP mas até agora não obteve resposta..