A associação dos casos de microcefalia com o zika vírus causou um pavor generalizado, principalmente entre as mulheres grávidas e aquelas em idade fértil.
Em Pernambuco, onde o alto índice de casos exigiu a criação de um fluxo, mães com ultrassom suspeito só precisam ir aos hospitais de referência para confirmar diagnóstico. “Certeza de que a criança tem microcefalia só é possível após o nascimento e a tomografia. Mas o ultrassom pode dar indícios se as medidas da cabeça não estiverem na média esperada. Os casos em que é discreta a alteração na cabeça provavelmente não são percebidos ainda no útero. O ultrassom capaz de detectar o problema é aquele entre 32 e 35 semanas”, explica.
Desde que a notificação de gestantes com exantemas tornou-se obrigatória, entre 2 de dezembro de 2015 e 9 de janeiro de 2016, foram notificadas 464 gestantes nessa situação, de 55 municípios pernambucanos.
Enquanto isso...
EUA registram primeiro caso
O Departamento de Saúde do Havaí confirmou ontem que um bebê que nasceu com microcefalia no estado americano foi infectado pelo zika vírus. Segundo comunicado do órgão, a mãe pode ter contraído a doença quando visitou o Brasil, em maio do ano passado, e o bebê pode ter adquirido a infecção no útero. Na sexta-feira, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CVC) recomendou que mulheres grávidas adiem viagens para 14 países e territórios nas Américas onde o zika vírus está circulando, incluindo o Brasil. A agência de saúde pública dos EUA também exortou as mulheres em idade fértil que estão tentando engravidar a consultar um profissional de saúde antes de viajar para esses países e tomar medidas para evitar picadas de mosquitos durante as suas viagens se decidirem visitar esses locais.
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