Segundo a PM, 400 pessoas se concentraram às 17 horas no Terminal Parque Dom Pedro II - em comparação, o primeiro ato, no dia 8, atraiu 3 mil pessoas. A negociação sobre o trajeto se iniciou entre o tenente-coronel Henrique Motta, comandante de operação, e integrantes do MPL às 18 horas e se estendeu por duas horas, sem consenso. O movimento queria ir para a Assembleia Legislativa, mas a Secretaria da Segurança Pública informou que o trajeto não poderia ser seguido porque já havia outro protesto no caminho, e determinava que a manifestação terminasse na Praça da República.
Pela primeira vez neste ano, não havia mascarados na linha de frente - eles seguiram espalhados no meio do grupo. O ato teve início normal e seguiu pacífico até chegar à Praça da República, onde a PM montou um bloqueio.
Gabriel Morais, de 17 anos, estava junto à banda do MPL quando uma bomba explodiu. "Ela estourou no meio da fanfarra e todo mundo se machucou", disse o jovem, ferido na perna. O fotógrafo da Folha de S. Paulo Avener Prado foi atingido por uma bala de borracha na coxa. Já o jornalista Juliano Vieira, da TV Drone, foi atingido por uma bomba na perna esquerda. "Está ardendo muito", reclamou. Outro rapaz teve ferimentos no rosto e ficou desacordado. O Corpo de Bombeiros fez os primeiros socorros.
Uma militante do MPL acusou a PM de começar o confronto e disse que a polícia não pode determinar o caminho que eles vão seguir. "Isso não existe.
Ônibus
Inicialmente, o protesto causou mais transtornos aos passageiros de ônibus - "vítimas" do aumento para R$ 3,80, segundo o MPL. Às 16h30, a Prefeitura já havia fechado o terminal de ônibus, causando transtorno aos usuários. O local tem linhas que ligam o centro à zona leste. Funcionários orientavam passageiros a pegar coletivos do lado de fora do terminal, o maior entre os 27 da capital.
O operador de máquina Oswaldo Silva Santos, de 52 anos, pegaria um ônibus para Guaianases, na zona leste, quando foi informado do ato. "A manifestação é certa, não tem o que discutir. Mas atrapalha muito a vida de quem mora longe. Queria ver mais protestos na periferia.
A vendedora Cátia Reginalda Costa, de 42 anos, que mora na Barra Funda, teve de voltar a pé para casa. "Acho que o Movimento Passe Livre faz isso para agradar eles próprios. Para mim, é só política", afirmou.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..