Moradores vão aos parklets para ler, comer e descansar

São Paulo, 24 - Criados no Estado americano da Califórnia e introduzidos no Brasil pelo Instituto Mobilidade Verde, os parklets são frequentados mais de uma vez na semana por pessoas que trabalham na vizinhança e querem descansar.
É o que mostram pesquisas feitas pela ONG em São Paulo.

No espaço localizado no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua Padre João Manuel, o primeiro instalado na América Latina, a maioria dos usuários tem entre 19 e 40 anos de idade e aproveita o espaço para descansar. Outros usos relatados foram ler, comer, beber e encontrar amigos. Em média, estima-se que ao menos 300 pessoas passem pelo parklet por dia.

Para o presidente da ONG, Lincoln Paiva, o número de estruturas já instaladas e de pedidos protocolados na Prefeitura comprovam que a cidade carece de mais espaços públicos e a população os aprova. “Os parklets conversam com as pessoas, ajudam a urbanizar a cidade por meio da ocupação. É disso que precisamos em São Paulo”, diz.

A instalação das minipraças, segundo Paiva, é importante em bairros nobres, uma vez que os cafés disponíveis no centro expandido para as pessoas se sentarem são caros e nada convidativos para a classe mais baixa. “Do mesmo modo é importante observarmos o resultado dessas estruturas na periferia. Quanto mais opções para todos, melhor.”

O equipamento da Avenida Paulista, que é mantido pela administradora do Edifício Barão de Itatiaya, foi aberto em abril de 2014, com a presença do prefeito Fernando Haddad (PT).
De lá para cá, parte de sua estrutura já foi trocada em função de atos de vandalismo. O espaço atual está sempre cheio de turistas, pessoas que trabalham na região e moradores da área.

Para a comerciante Dolores Peixoto, de 41 anos, o espaço é bastante convidativo para o descanso e tem outros benefícios. “É ótimo ter essa opção na cidade. Isso sem falar que tiramos duas vagas de carro das ruas. Viu como não faz falta?” As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo..