De acordo com a Polícia Militar, o tumulto em São Paulo começou por volta das 22h e se estendeu pela madrugada, até por volta das 4h40, quando o grupo dispersou. Viaturas acompanharam o protesto mas não fizeram intervenções. Ninguém foi detido.
Já no Rio, ocorreu uma briga em um posto de gasolina, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Dois motoristas do Uber que estavam no local teriam sido abordados por cerca de 20 taxistas. Na confusão, carros foram depredados. Motoristas dos dois lados apresentaram versões diferentes para quem teriam começado a confusão, que foi parar na delegacia.
Consulta pública
Horas antes dos confrontos o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia afirmado que os taxistas vão "desaparecer pela concorrência predatória" caso não aceitem a regulação do transporte individual. E alertou aos taxistas: "Não temos condições de fiscalizar uma nuvem, que é do que se trata hoje. Quando o transporte clandestino era coletivo, havia os pontos de parada (para fiscalizar)", disse o prefeito, que também classificou como "reducionismo" críticas sobre a Prefeitura ser "contra ou a favor dos táxis". "O que está em jogo não é a existência do táxi, mas do taxista."
A consulta pública do decreto que regulamenta a Uber em São Paulo recebeu, ao todo, 5.865 contribuições entre dezembro e quarta-feira, 27. De acordo com dados apresentados pelo presidente da SP Negócios, Rodrigo Pirajá, 78% das contribuições opinativas foram favoráveis a regular o aplicativo.
O decreto determina que os motoristas só podem pegar passageiros por meio de aplicativo - e não na rua. Os condutores comprariam créditos por quilômetro rodado, com validade de até dois meses, e a Prefeitura estabelece um teto que pode ser cobrado pelo serviço. Também se prevê estímulos para quem trafegar fora do horário de rush, na periferia, tiver veículo adaptado para pessoas com deficiência ou faça corridas divididas. Nesse último caso, o passageiro deve aceitar dividir a viagem com outras pessoas..