De acordo com as investigações, os crimes apresentam outras semelhanças que reforçam a suspeita de que tenham sido praticados pela mesma pessoa. Quatro vítimas morreram enforcadas com fios ou cabos, duas delas tiveram parte do corpo incendiado, todas tiveram documentos roubados e foram mortas em locais próximos uns dos outros. Há suspeita de que elas também sofreram abuso sexual. Em apenas um caso, há indícios de que a vítima tenha sido baleada na cabeça.
Esganados
A primeira vítima foi um homem. Ele era pardo, tinha cerca de 1,70 metro de altura e foi achado apenas de cueca e camiseta. No pescoço, uma tira de plástico em volta e "sinais de esganadura".
As mortes ocorridas a partir do dia 2 de janeiro, tem como vítimas garotas de programa, segundo a polícia.
Cinco dias depois, o corpo da terceira vítima, a segunda mulher, foi achado coberto por uma manta. A vítima tinha uma corda amarrada no pescoço e não apresentava sinais de agressão. No dia 18, outra mulher com parte do corpo carbonizado foi encontrada na Rua Estrela que Brilha, no Grajaú. A vítima também tinha um pedaço de cabo amarrado no pescoço e estava vestida. Um pedaço de pano cobria seu rosto quando os policiais a encontraram.
No dia 23, policiais militares encontraram o corpo de uma mulher em um terreno baldio da Rua Ana Velha. Ela estava seminua e apresentava sinais de que havia sido baleada na cabeça. O criminoso também a agrediu com uma viga de concreto, segundo os investigadores.
Na tarde do último domingo, policiais militares encontraram o corpo de uma travesti dentro de um barraco, na Rua Antonio Burlini. Ela vestia short e sutiã, estava amordaçada com um pano na boca e amarrada com fios elétricos em volta do pescoço. Segundo a polícia, o local é frequentado por usuários de drogas.
Investigação
Das seis vítimas, a polícia deve identificar quatro nos próximos dias. Familiares já entraram em contato com a polícia e devem prestar informações para ajudar a montar o perfil das vítimas. A principal dificuldade dos policiais é localizar testemunhas para elaborar um retrato falado do criminoso.
Outro desafio é o fato da região onde ocorreram as mortes ser frequentada por usuários de drogas e pessoas com antecedentes criminais.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) cuida do caso, mas investigadores das delegacias da região, o 101º DP (Jardim da Imbuias) e o 85º DP (Jardim Mirna) e homens da 6ª Delegacia Seccional Sul também participam dos trabalhos.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..