A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) continua monitorando a qualidade da água do Rio Paraíba do Sul região da barragem que se rompeu na sexta-feira passada (5), em Jacareí. A mineradora terminou na tarde deste sábado (6), o reparo no talude. O acidente foi provocado pelo armazenamento irregular de rejeitos de mineração de areia pela empresa Rolando Comércio de Areia Ltda e deixou mais de 500 mil moradores de São José dos Campos sem água por dois dias.
Com o índice de turbidez alto, a Sabesp, empresa responsável pelo saneamento básico em diversas cidades do Vale do Paraíba, interrompeu o tratamento de água na sexta-feira logo após o acidente, deixando mais de 500 mil pessoas sem água em São José dos Campos. O abastecimento só voltou ao normal em toda a cidade na manhã deste domingo (7).
As cidades de Taubaté e Pindamonhangaba ficaram sexta e sábado sob alerta de ter que também interromper os serviços de abastecimento devido ao comprometimento da qualidade da água do Paraíba do Sul. O risco só foi descartado no fim da tarde de sábado.
O lançamento irregular dos rejeitos da mineradora em uma lagoa próxima ao Rio Paraíba do Sul, de propriedade da mineradora Meia Lua 1, provocou a elevação de seu nível e levou ao rompimento da barragem.
Ambas as empresas têm licenças ambientais da Cetesb, porém a dona da lagoa onde estavam armazenados os rejeitos está em processo de renovação de licença e portanto com suas atividades paralisadas.
Desde o acidente, nenhum representante Rolando foi localizado para comentar o caso. A mineradora não tem qualquer autorização para o depósito do material no local, segundo a Cetesb.
A agência não sabe precisar qual o volume de rejeitos que atingiu o Paraíba do Sul e após o feriado de carnaval definirá as multas que serão aplicadas. A prefeitura de Jacareí informou ter multado a mineradora Rolando em R$ 11 mil pelo descumprimento da legislação municipal.