A maior parte dos recursos -US$ 828 milhões- será destinada ao combate do mosquito transmissor do vírus, treinamento de pessoal, expansão dos testes da doença e pesquisa da relação entre zika e microcefalia. Outros US$ 200 milhões serão destinados ao desenvolvimento de vacina contra o vírus, atualmente inexistente. A proposta prevê ainda a destinação de US$ 335 milhões a ações em países afetados pelo mosquito transmissor do zika, em especial na América Latina.
O Brasil é um dos principais focos de transmissão do vírus. No fim de janeiro, Obama conversou sobre o assunto com a presidente Dilma Rousseff e ambos concordaram intensificar a cooperação bilateral no combate da doença. Cientistas brasileiros viajaram ao Texas para participar do esforço de desenvolvimento da vacina contra o zika.
Mas avanços concretos nessa frente ainda demandarão alguns anos, disse ontem Anthony Fauci, que dirige o instituto de doenças infecciosas do Centro de Controle de Doenças (CDC). Segundo ele, a fase inicial de teste pode ser concluída em 2016. Depois disso, seriam necessários pelo menos mais dois anos até a comercialização da vacina.
Fauci disse não esperar contaminação por zika em grande escala nos EUA.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, 26 países e territórios das Américas registraram transmissão local de zika. Apesar de os EUA não terem contaminação pelo mosquito dentro da região continental, a Casa Branca disse ontem que há registro de aumento da atividade do Aedes aegpyti em territórios e regiões mais quentes do país, como Porto Rico.
"O governo federal está monitorando o vírus zika e trabalhando com nossos parceiros domésticos e internacionais de saúde pública para alertar os provedores de assistência médica e o público sobre o zika", disse nota da Casa Branca. Entre dezembro e o dia 5 de fevereiro, os EUA confirmaram 50 casos de pessoas que contraíram o vírus em viagens a outros países. A preocupação das autoridades é que o aumento das temperaturas na primavera e no verão favoreça a reprodução do Aedes e facilite a transmissão da doença dentro do país, especialmente nos Estados do Sul.
Na entrevista à CBS, Obama destacou a atenção com as gestantes. "O que nós sabemos é que parece haver algum risco significativo para mulheres grávidas ou que estão pensando em ficar grávidas", observou. "Mas não deve haver pânico em relação a isso."
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..