A bateria investiu em paradinhas que casavam com o samba-enredo. No trecho "bate forte coração", foram simuladas batidas do órgão. O desfile foi a estreia do carnavalesco Jorge Freitas, ex-Rosas de Ouro, na agremiação.
O vice-campeonato ficou com a Mocidade Alegre, que teve 269,1 pontos, junto com a Acadêmicos do Tatuapé. Já a Pérola Negra e a X-9 Paulistana caíram para o grupo de acesso, pois tiveram as menores notas (264 pontos e 263,9 pontos, respectivamente).
A Mocidade Alegre liderou até o quesito evolução. Em bateria, a Império passou à frente e não caiu mais.
Os quesitos avaliados, pela ordem, foram mestre-sala e porta-bandeira, enredo, alegoria, samba-enredo, evolução, bateria, harmonia, comissão de frente e fantasia. O quesito fantasia era o critério de desempate, mas na apuração de hoje isso não foi necessário.
A apuração começou um pouco depois das 16 horas no hall do palácio de convenções do Anhembi, local diferente dos outros anos. Tradicionalmente, a leitura das notas era feita no Sambódromo, mas ontem à noite a Liga Independente das Escolas de Samba dos Grupos Especial e Acesso do Carnaval de São Paulo e a SPTuris decidiram pelo Anhembi, já que as chuvas fortes de ontem danificou a estrutura do espaço preparado para isso no sambódromo. O público não teve acesso ao local, somente os representantes das escolas, como é feito desde 2013, quando um homem, no ano anterior, invadiu o palco e rasgou as notas.
Confusão
Hoje, durante a leitura das notas no quesito evolução, os ânimos se exaltaram. A primeira dos quatro jurados deu a nota mais baixa anunciada até então para a Rosas de Ouro, 8,9, o que causou surpresa entre os presentes, principalmente para os representantes da escola. No meio da leitura das notas do segundo jurado, houve uma interrupção, já que o mesmo não apresentou a nota de avaliação da Império de Casa Verde, o que gerou revolta entre os representantes das agremiações presentes no local. Pelo regulamento, se não há nota, automaticamente a escola recebe a maior nota recebida de outros jurados. Os integrantes da Império reclamaram, mas no fim, acabaram recebendo um 10, o que fez diferença no resultado final da competição.
Um tumulto foi registradas na leitura do quesito bateria. Os representantes da Unidos de Vila Maria não gostaram das baixas notas e na leitura das notas do quesito harmonia, houve nova confusão, com agressão. Mais um jurado não deu nota, dessa vez para a Dragões da Real e os integrantes das agremiações ficaram revoltados e ameaçaram invadir a mesa onde foi a leitura.
Policiais da Polícia Civil fizeram cordão de isolamento para que os representantes não invadissem a mesa e, logo em seguida, um integrante da diretoria da Unidos da Vila Maria agrediu outros representantes de outras escolas e foi imobilizado por três policiais civis e colocado em camburão.
As duas noites de desfile do carnaval em São Paulo tiveram ocorrências. Houve apagão de refletores, integrante da Vai-Vai que agrediu o cronometrista do sambódromo, modelo que foi expulsa por tirar a roupa na Unidos do Peruche e um rapaz se feriu após cair de um carro alegórico, este da X-9 Paulistana..