De acordo com a coordenadora de pesquisas da universidade, Clarisse Arns, o teste foi desenvolvido pela força-tarefa que estuda o vírus em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O teste rápido tem eficácia de 100%, segundo a pesquisadora, e representa considerável avanço no controle do zika vírus. Atualmente, o exame é realizado apenas em sangue e o resultado demora pelo menos uma semana.
Inicialmente, os testes estarão disponíveis para pacientes do Hospital das Clínicas de Campinas e da rede pública municipal. Em uma segunda fase, serão atendidos casos suspeitos de cidades da região, como Sumaré e Hortolândia. Até agora, foram confirmados cinco - dois em Sumaré e um em Campinas, Americana e Piracicaba.
O Ministério da Saúde promete também para este mês a distribuição de kits de testes rápidos de zika para laboratórios de todo o País.
Ribeirão
O secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, já prevê que o número de casos de zika vai se igualar aos de dengue na cidade, em razão do rápido avanço dessa doença. "Se nossa projeção para janeiro é de 2 mil casos de dengue, a incidência de zika deverá ser dessa mesma ordem", afirmou, em nota oficial em que negou que haja caos na saúde na cidade, como mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta semana.
"Há sobrecarga, sim, as equipes de assistência estão trabalhando intensamente, há grande número de pessoas nas unidades - metade ou mais é acompanhante -, mas não há nada parecido com o caos", disse Miranda. "Caos seria se não houvesse atendimento, se faltassem medicamentos... se houvesse mortes sem assistência. Não há nada disso em Ribeirão Preto.".