Brasília, 13/02/2016, 13 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou ontem um informe em que orienta que mulheres grávidas devem consultar seus médicos e considerar adiar visitas a localidades que tenham registros de casos de zika.
Com base na possível transmissão sexual da doença, o informe diz ainda que homens e mulheres que visitarem locais que têm o vírus em atuação devem fazer uso de preservativos durante as relações sexuais. Isso vale principalmente para as gestantes e seus parceiros.
A OMS recomenda que os turistas se mantenham informados não só sobre o zika vírus, mas sobre outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Também afirma que governos devem fazer recomendações sobre saúde pública e viagens com a população local.
A organização, no entanto, não sugere que pessoas deixem de viajar para países que relataram casos de zika vírus, assim como o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e o Centro Europeu para a Prevenção de Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
O novo comunicado da OMS trouxe ainda informações sobre os cuidados que os viajantes devem tomar, como o uso de repelentes e de telas em janelas, usar roupas claras e não acumular água em recipientes.
Turismo
Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Estado de São Paulo, Bruno Omori diz que os casos de zika ainda não interferiram no turismo local, mas que ações devem ser intensificadas para evitar que a doença continue se espalhando pelo País.
“Desde o fim de dezembro até o carnaval, toda a hotelaria teve crescimento de 5% a 15%. O brasileiro deixou de viajar para fora do País, por causa da alta do dólar, mas continua viajando. Mas, se o governo não fizer uma ação coletiva para combater o mosquito, vamos ter uma queda no turismo internacional”, afirma Omori, que também é diretor de operações da ABIH Nacional.
Segundo ele, a associação ainda não tem registros de cancelamentos de viagens ou de reservas em hotéis feitos por gestantes nem pessoas preocupadas com a disseminação do vírus. “Essa é uma doença curável e, em geral, o Brasil é um lugar seguro para o turismo.”
Omori afirma que a rede hoteleira está se mobilizando desde o fim de novembro do ano passado para ajudar na campanha contra o Aedes aegypti. “Dentro dos hotéis não há focos do mosquito. Isso nem seria possível. Muitos estabelecimentos, principalmente de cidades litorâneas e do interior, estão fazendo trabalhos com as equipes de manutenção no entorno, até matando os mosquitos adultos”, afirma.
Ele diz que a entidade emitiu comunicados e começou a campanha de conscientização dos funcionários e proprietários antes do período de proliferação do mosquito. As informações são do jornal
O Estado de S.Paulo.