Desde outubro, quando alterou pela primeira vez a regulamentação de São Paulo para a Lei de Acesso à Informação (LAI), cabia aos secretários de Estado e ao procurador-geral do Estado a atribuição de editar tabelas de classificação de assuntos como sigilosos.
"Caberá ao secretário de Estado ou ao procurador-geral do Estado designar servidores do respectivo órgão ou entidade vinculada, ou militar do Estado, para classificar a informação, objeto de pedido de informação, em qualquer grau de sigilo", diz a nova regra.
O texto libera informações sobre condutas que impliquem "violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas, que não poderão ser objeto de classificação em qualquer grau de sigilo nem ter seu acesso negado", como prevê a LAI.
Alckmin disse ontem que o novo decreto tem como objetivo facilitar o acesso à transparência.
"Foi feita uma espécie de tabela seguindo a lei federal, dizendo: esse tipo de documento tem sigilo por tantos anos. Nós acabamos com isso. Não tem mais nenhuma tabela. Tudo que tiver de ser colocado vai ser colocado de forma transparente." Ele voltou a afirmar, no entanto, que informações que possam colocar a vida de pessoas em risco continuarão sob sigilo.
Reação
Para especialistas, será preciso tempo para avaliar se o novo decreto tornará o governo mais transparente. "O decreto alterou o processo de classificação de informações, em resposta às repercussões negativas do decreto anterior. Mas o problema não estava no processo, e sim no conteúdo.