"Dilma tinha de vir aqui uma vez por mês", ironizou o barbeiro Márcio Rodrigues de Oliveira. Ele suspeita ter contraído zika há um mês. "Esperei passar. Mas certamente era zika, muita gente aqui teve."
A agente comunitária Fernanda do Nascimento, moradora de Santa Cruz e designada para as comunidades da região, esteve no Zeppelin ontem e destacou que muito depende da conscientização. "Estamos fazendo varreduras e panfletagens.
São Paulo
As áreas da Grande São Paulo visitadas por ministros no mutirão contra o Aedes aegypti, no sábado passado, também têm pontos em comum: ficam na periferia, têm pilhas de lixo ao ar livre e focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e vírus zika.
Após escolher a cidade de Osasco, onde o pai de 91 anos mora e contraiu dengue, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi recepcionado em uma escola municipal bem cuidada e limpa. A unidade fica no Jardim Rochdale, bairro que já ganhou o noticiário por ser palco frequente de alagamentos. No arredores da escola, porém, não é difícil encontrar entulhos e praças com mato alto e lixo na rua.
"Aqui tem muito mosquito", diz a aposentada Amantina Ducci, de 76 anos, que mora perto de um terreno onde, conta, a água da chuva está parada há mais de uma semana. A prefeitura de Osasco diz que orienta a população, recolhe entulho e lixo regularmente e multa descartes irregulares.
Já o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, acompanhou o prefeito Fernando Haddad (PT) a Guaianases, na zona leste, na semana passada, região da capital com maior incidência de dengue. No CEU Jambeiro, onde a comitiva se reuniu, havia entulho no estacionamento, material de construção na área da piscina e lixeiras quebradas.
No córrego atrás do equipamento via-se muito lixo acumulado na quarta. A Prefeitura diz que já fez a limpeza, retirou o material de construção e substituiu os itens quebrados do CEU..