A criatividade de uma artista mexeu com os ânimos, principalmente, da comunidade católica de Brasília. Ana Paula Dornelas Guimarães de Lima, 32 anos, ou Ana Smile, como assina as peças de arte, estilizou imagens de santo e transformou Nossa Senhora das Graças em Mulher-gato, Frida Kahlo, Chapolin Colorado, Malévola, Minie e até na Galinha Pintadinha. Santo Antônio, por exemplo, pelas mãos de Ana Smile, virou o Batman e, em vez de segurar nos braços o menino Jesus, carrega Robin ainda criança. O que para a artista não passa de um trabalho, de uma criação estética, para religiosos é uma ofensa às imagens sacras. Revoltados, fieis procuram uma forma jurídica de barrar a divulgação e venda das estátuas de gesso.
A loja que revende as peças, Endossa, na 306 Sul, precisou tirar as imagens da vitrine, depois de fiéis ameaçarem vendedores e proprietários. Por e-mail ou rede social, as críticas não param de chegar. “Ficamos com medo de apedrejarem a loja. Passam aqui gritando, brigando, dizendo que vão processar a gente”, explica Luana Ponto, 30 anos, uma das sócias da loja. A Endossa é uma loja colaborativa, que abriga diversas marcas e trabalhos de artesãos brasilienses e goianos. Os espaços de divulgação dos produtos são alugados e cada empreendedor cuida do seu produto. As peças da Ana Smile chegaram à loja no fim do ano passado. “Aqui é um espaço para várias marcas e produtos. Somos imparciais. Temos a Ana, que vende as imagens, mas também temos outra marca, que vende terços. Não temos distinção de credo. Somos laicos”, explica Maíra Belo, 32, sócia da Endossa.
Mas as explicações não adiantaram. Um grupo de religiosos se organiza para entrar na Justiça. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ainda não tinha recebido nenhum pedido ou reclamação na Ouvidoria até o fim da tarde de ontem. Mas há a promessa. “Vamos à Justiça, queremos barrar isso. Recebemos ontem e fiquei muito chocada”, conta Linda Yunes de Freitas, 54 anos, frequentadora da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, na 111/112 Sul. Segundo a dona de casa Mônica Marqui Martins de Menezes, 50, a criação é um desrespeito à comunidade religiosa. “Para nós, católicos, as imagens são inspirações divinas. Não são apenas uma peça de gesso. É história, tradição, e representa uma lembrança de alguém que já viveu e foi muito importante. É como se tivessem pegado a foto de um filho meu e feito uma chacota. O que puder fazer para parar com isso, farei, porque não podemos ser omissos”, defende Mônica. A reportagem procurou a Arquidiocese de Brasília, mas não teve resposta.
A loja que revende as peças, Endossa, na 306 Sul, precisou tirar as imagens da vitrine, depois de fiéis ameaçarem vendedores e proprietários. Por e-mail ou rede social, as críticas não param de chegar. “Ficamos com medo de apedrejarem a loja. Passam aqui gritando, brigando, dizendo que vão processar a gente”, explica Luana Ponto, 30 anos, uma das sócias da loja. A Endossa é uma loja colaborativa, que abriga diversas marcas e trabalhos de artesãos brasilienses e goianos. Os espaços de divulgação dos produtos são alugados e cada empreendedor cuida do seu produto. As peças da Ana Smile chegaram à loja no fim do ano passado. “Aqui é um espaço para várias marcas e produtos. Somos imparciais. Temos a Ana, que vende as imagens, mas também temos outra marca, que vende terços. Não temos distinção de credo. Somos laicos”, explica Maíra Belo, 32, sócia da Endossa.
Mas as explicações não adiantaram. Um grupo de religiosos se organiza para entrar na Justiça. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ainda não tinha recebido nenhum pedido ou reclamação na Ouvidoria até o fim da tarde de ontem. Mas há a promessa. “Vamos à Justiça, queremos barrar isso. Recebemos ontem e fiquei muito chocada”, conta Linda Yunes de Freitas, 54 anos, frequentadora da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, na 111/112 Sul. Segundo a dona de casa Mônica Marqui Martins de Menezes, 50, a criação é um desrespeito à comunidade religiosa. “Para nós, católicos, as imagens são inspirações divinas. Não são apenas uma peça de gesso. É história, tradição, e representa uma lembrança de alguém que já viveu e foi muito importante. É como se tivessem pegado a foto de um filho meu e feito uma chacota. O que puder fazer para parar com isso, farei, porque não podemos ser omissos”, defende Mônica. A reportagem procurou a Arquidiocese de Brasília, mas não teve resposta.