O menino morava com os tios-avós em Campo Grande havia dez meses, após ser abandonado pela mãe e ser deixado pela avó, que cuidava dele, mas alegou falta de condições financeiras. Com isso, os tios-avós, seus parentes mais próximos, conseguiram a guarda.
As Polícias Militar e Civil passaram a acompanhar o caso depois que o Conselho Tutelar visitou a casa onde a criança morava com os tios-avós e as duas filhas do casal. Lá, observaram as agressões - parte delas já cicatrizadas, o que indicaria que a violência é praticada há um tempo. A criança foi levada para a Santa Casa e o casal, para a delegacia, onde, segundo a polícia, confessou o crime.
À polícia, a tia contou que recebia "entidades" e "espíritos" e que batia na criança a mando deles. Entre as agressões cometidas estavam queimaduras com água quente no rosto, orelhas e pescoço e socos e pancadas. As duas filhas do casal não sofriam maus tratos.
Em nota, a Santa Casa de Campo Grande informou que a criança está consciente e será submetida a um procedimento para "drenagem cirúrgica de abscesso extenso na orelha esquerda".