A mulher que fez o aborto estava sob supervisão médica por antecedente de infecção por zika e dentro do processo de atendimento foi feita a coleta da amostra de líquido amniótico, que deu positivo para a transmissão do vírus da mãe para o filho, disse em comunicado a diretora do INS, Martha Ospina. Ela afirmou ainda que em outros acompanhamentos já foi detectada a transmissão do vírus de mães para filhos, mas até agora os bebês estão saudáveis.
No Rio, onde visitou a Fiocruz, Margaret Chan destacou que, antes do Brasil, a Micronésia e a Polinésia Francesa também identificaram casos de microcefalia, depois do surto de zika. Segundo ela, mais de 40 países notificaram a OMS sobre surtos de zika e pelo menos 113 têm a presença do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da doença e um inimigo formidável.
Margaret Chan defendeu que os governos deem todas as informações e meios para que as mulheres se protejam e possam tomar a decisão sobre ter filhos ou não. Todo governo tem responsabilidade de passar as informações para as mulheres e suas famílias para que, em posse dessa informação, decidam se querem ou não adiar a decisão de engravidar. Ela ainda prometeu buscar apoio mundial no combate à doença. Ela deve ir aos Estados Unidos para pedir auxílio de colaboradores..