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Estado de Minas

Polícia prende quadrilha de europeus que praticava estelionato no DF

Bem vestidos e em carros de luxo, os suspeitos abordavam as vítimas em áreas nobres da cidade, para vender produtos falsos


postado em 26/02/2016 11:28 / atualizado em 26/02/2016 11:57

 Policiais apreenderam grande quantidade de produtos falsificados(foto: Gustavo Moreno CB DA Press)
Policiais apreenderam grande quantidade de produtos falsificados (foto: Gustavo Moreno CB DA Press)

Uma organização criminosa, composta de integrantes europeus, é alvo da Operação Ilusionista, da Polícia Civil do DF, na manhã desta sexta-feira (26/2). Equipes da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) cumprem 12 mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão em Águas Claras contra o grupo que aplica golpes em todo Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e, agora, no Distrito Federal.

Tratam-se de estrangeiros bem vestidos que abordam as vítimas em tribunais de justiça, redondezas do Palácio do Buriti, estacionamento de grandes shoppings, mercados, quadras da Asa Sul e Sudoeste, entre outros locais. Os criminosos se identificavam como pessoas de nacionalidade portuguesa e apresentavam produtos importados. A intenção era chegar até a casa da vítima para roubá-la.

Os presos na Operação Ilusionista já eram conhecidos de muitos brasilienses. Nas redes sociais muitas pessoas relataram ter sido abordadas por homens bem vestidos, e que se apresentavam como portugueses.

Até por volta das 7h, os policiais já haviam apreendido grande quantidade de mercadoria, entre produtos falsificados e carros de luxo.


Segundo o titular da Corf, delegado Jeferson Lisboa, os criminosos usam carros de luxo, como Fusion e Mercedes, e escolhem vítimas bem vestidas. "Eles falam que são empresários e fizeram uma exposição de produtos Mont Blanc em um shopping, por exemplo, como já aconteceu. Aí eles contam uma história que não podem voltar com a mercadoria para o país, porque a taxação do produto na Europa é grande", explicou.

Com isso, eles vendem canetas, jaquetas e bolsas falsas como se fossem da marca verdadeira. Em uma comercialização integrantes da associação criminosa venderam os três produtos por R$ 3 mil. "Eles passam cartão e temos conhecimento de mais pessoas participando desse esquema. Eles agem no Brasil inteiro vendendo produtos falsos, da 25 de março, por exemplo, como se fossem verdadeiros. O lucro deles é de quase 90%", esclareceu.

Em uma das vendas um dos participantes do grupo chegou a mostrar que a jaqueta era resistente inclusive ao fogo. Para isso, segundo Lisboa, eles passam um produto especial na roupa. Os envolvidos vão responder por estelionato e associação criminosa.

 


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