Rio, 08 - A Secretaria de Estado de Saúde do Rio quer antecipar a vacinação contra a gripe de crianças e grávidas. Sete pessoas morreram no Estado em decorrência de H1N1 e outras cinco adoeceram, todos com comprovação laboratorial. Há outros três casos graves em investigação.
A campanha de imunização só iniciará antes do dia 30 de abril se o Ministério da Saúde garantir a entrega das vacinas em quantidade suficiente para atender esse público. O temor da secretaria é ter de interromper a vacinação por falta de doses. Até agora chegaram 10% das vacinas. “Se chegar uma segunda leva até terça ou quarta-feira, nós conseguimos antecipar a vacinação para crianças até cinco anos e gestantes”, afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Alexandre Chieppe. A secretaria terá a resposta na segunda-feira, 11.
A meta no Estado é imunizar 80% do grupo prioritário, que inclui ainda idosos, mulheres a até 45 dias do pós-parto e pacientes crônicos, além de profissionais de saúde - 1,4 milhão de pessoas. “A gente tem que abastecer 92 municípios e mais de 3 mil postos de vacinação. Precisamos de tempo para dar conta da liberação para municípios, distribuição para as regionais, entrega nos postos de saúde. São necessários entre 10 a 14 dias até estar disponível. É uma questão de logística. Por isso, não é possível antecipar a vacinação para todos”, explicou Chieppe.
De acordo com o subsecretário, a confirmação das sete mortes por H1N1 “acendeu sinal de alerta”. Segundo ele, essas pessoas não haviam tomado a vacina na campanha anterior. Pelo menos cinco delas tinham fatores que funcionam como agravante para o estado de saúde de quem contrai essa gripe, como obesidade, doenças respiratórias crônicas e gravidez.
As mortes ocorreram na Região Metropolitana (2), Médio Paraíba (4) e Região Centro Sul Fluminense (1). As cidades ainda não foram divulgadas porque a secretaria está levantando a residência de cada uma das vítimas (muitas vezes, o paciente se desloca de uma cidade a outra para atendimento médico). “O vírus da gripe predominante no Rio é o H1N1. Estamos isolando em todas as amostras. O objetivo da vacinação é proteger a população de maior risco. Para nós, é fundamental imunizar as gestantes."