Rio, 23 - O gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos, será enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na manhã deste sábado (23). Ele foi a segunda vítima identificada do desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia, ocorrido na quinta-feira (21).
A esposa contou que Silva era gari comunitário havia quase 20 anos na Rocinha. Ela soube da morte dele por um amigo, às 23 horas de quinta-feira. Silva havia sido identificado pelas impressões digitais.
Os custos do enterro foram pagos pelo consórcio Contemat Geotecnia/Concrejato, responsável pela construção da ciclovia, informou a família. Um primo da vítima, Marco Antônio Silva, disse que ninguém poderia esperar que uma "ciclovia tão nova" pudesse desabar. "Eu espero que a justiça seja feita. Era um homem trabalhador, não merecia isso não".
Ele disse ainda que a família se preocupa com a situação financeira de Eliane. "Ela só tinha ele, que ajudava ela em tudo. Ele era o porto seguro dela. Agora, pra ela, desabou o chão. Não desabou só pra ele não, desabou pra ela também", afirmou o primo.
O corpo do engenheiro Eduardo Marinho de Albuquerque, de 54 anos, que também morreu no desastre, será cremado na tarde deste sábado, no Memorial do Carmo.
O Corpo de Bombeiros retomou na manhã deste sábado as buscas por outras vítimas. Testemunhas disseram que havia pelo menos mais três pessoas na ciclovia. Motos aquáticas, embarcações e um helicóptero atuam nas buscas.