Segundo o prefeito Eduardo Paes, a Procuradoria Geral do Município já foi acionada para chegar a um acordo com os parentes, mas a negociação ocorrerá "de maneira sigilosa". "A Prefeitura entende a sua responsabilidade nesse episódio", afirmou Paes a jornalistas.
O prefeito disse ter procurado as duas famílias, mas conseguiu conversar ao telefone apenas com o cunhado do engenheiro Eduardo Albuquerque. "Tive a oportunidade de me solidarizar, lamentar o ocorrido", contou.
Questionado sobre a revolta de parentes de Ronaldo Silva durante o enterro do gari, Paes disse entender o momento de emoção das famílias envolvidas. "Recebo com tristeza, mas compreendo a indignação da família", respondeu o prefeito.
Paes evitou apontar os erros que levaram ao colapso de parte da ciclovia, na última quinta-feira, dia 21. Segundo ele, é preciso esperar o laudo das duas instituições contratadas para inspecionar a obra. No entanto, ele voltou a descartar que a culpa da tragédia tenha sido do mar em ressaca e reforçou que buscará os profissionais envolvidos nas falhas.
De acordo com Paes, a Prefeitura não trabalha atualmente com a possibilidade de demolir a ciclovia. "Não é esse o nosso desejo, não é esse o nosso trabalho.
Parte da ciclovia permanece interditada indefinidamente. O trecho que liga o Leblon à comunidade do Vidigal foi liberado para o uso da população. Segundo o prefeito, esse percurso já era utilizado pelos moradores e funcionava como uma espécie de passeio público, tendo recebido apenas reforço de pavimentação e contenção. A decisão sobre a interdição do restante da ciclovia partiu da própria Defesa Civil, alegou Paes..