A própria Concremat, empresa que fez a obra da ciclovia, deve assumir o trabalho de reconstrução do trecho que desabou. "Todas as intervenções necessárias serão executadas pelo consórcio responsável pela obra da ciclovia, que também vai arcar com todos os custos", informou a Prefeitura, em nota. "A intenção da Prefeitura do Rio é concluir a reconstrução da ciclovia antes dos Jogos Olímpicos", diz o texto.
No entanto, o início dos trabalhos depende de um laudo da Coppe/UFRJ e do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH). As duas instituições foram contratadas para realizar perícia independente e apontar as causas do desabamento da ciclovia. Serão considerados aspectos estruturais e as variáveis marítimas na análise do trecho da ciclovia na Avenida Niemeyer. Segundo a prefeitura, a Geo-Rio colocou todo material técnico do projeto executado à disposição dos peritos. A estimativa é que o laudo conclusivo seja entregue em até 30 dias.
Para o engenheiro civil Manoel Lapa, coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio (Crea-RJ), é possível refazer a obra antes da Olimpíada.
A ciclovia foi inaugurada há três meses e vários trechos apresentam rachaduras. Um relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) do ano passado apontou trincas na pista. O relatório de julho da 2.ª Inspetoria Geral de Controle Externo do TCM informa que as falhas apareceram próximo do mirante do Leblon. A Concremat, empresa que construiu a ciclovia, possui ainda contrato com a prefeitura para fazer o gerenciamento de sete obras ligadas à Olimpíada..