Segundo Michel Policeno, de 18 anos, estudante do 3º ano do ensino médio e um dos ocupantes do Mendes de Moraes, o grupo que invadiu não era formado apenas por alunos do colégio. Havia pessoas de fora, que foram lá para criar confusão. Arrombaram o portão para entrar na escola, e depois quebraram portas de vidro, levaram alimentos que estavam na cozinha e jogaram no lixo livros da biblioteca, acusa.
Segundo Policeno, havia policiais militares na porta da escola, mas eles não intervieram para conter a confusão. O grupo de invasores trancou o portão, para impedir que outros alunos e professores entrassem e nos ajudassem, afirmou.
Na última sexta-feira, 6, havia ocorrido outro tumulto na escola, após uma tentativa de invasão pelos integrantes do Desocupa. Nesse dia, porém, policiais e representantes do Ministério Público Estadual impediram o confronto entre alunos, e foi feita uma reunião entre os grupos favorável e contrário à ocupação. A reunião terminou às 23h40 e ficou acertado que a escola voltaria a ter aulas na segunda-feira, 9, mas que a ocupação permaneceria.
A reportagem tentou falar com representantes do Desocupa, mas nenhum se dispôs - um dos líderes afirmou ter recebido ameaças e disse que estava indo à delegacia registrar o caso.
Como o acordo acabou desfeito, a escola continua sem aulas. A Secretaria Estadual de Educação ainda não se manifestou sobre a situação do colégio. Às 16h30, o secretário Antonio José Vieira de Paiva Neto estava reunido com representantes dos professores e dos alunos para debater o movimento.
Outra unidade
Nesta terça houve tumulto também no Colégio Gomes Freire, na Penha (zona norte), entre estudantes favoráveis e contrários à ocupação. Ninguém se feriu..