Mais cedo, a advogada Eloísa Samy Santiago afirmou que o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que cuida do caso porque imagens do crime em vídeo circularam pela internet e redes sociais, teria conduzido o interrogatório de forma inadequada. “Ele perguntou à vítima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo”, contou Eloísa ao Estado.
Na nota, a Polícia Civil destacou que a investigação do caso tem sido feita “de forma integrada pelas duas delegacias especializadas”, além da DRCI, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Ao Estado, Eloísa disse que a delegada Cristiana Bento, titular da DCAV, teve “comportamento exemplar” durante o depoimento da vítima.
“A investigação é conduzida de forma técnica e imparcial, na busca da verdade dos fatos, para reunir provas do crime e identificar os agressores, os culpados pelo crime”, diz a nota da Polícia Civil.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão policial, a DRCI informou que “durante a oitiva da vítima, ela confirmou que sofreu o estupro e lhe foi perguntado se tinha conhecimento que havia outro vídeo sendo divulgado em mídias sociais, em que ela apareceria mantendo relações sexuais com homens, conforme relato de uma testemunha”.
Conforme as informações da DRCI, a vítima informou que desconhecia esse outro vídeo. “A mãe da vítima acompanhou todo o depoimento, sendo que, em determinado momento, houve discordância entre a advogada e o desejo da mãe da vítima. Por esta razão a oitiva da mãe foi feita sem a presença da advogada”, diz a nota.
A Polícia Civil informou ainda que, após ser convidada, a OAB “vai designar representante para acompanhar a investigação”, que segue em andamento.