A Polícia Civil realiza buscas, desde a madrugada desta segunda-feira, 30, para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra seis acusados de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no Morro do Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro. A ação é coordenada pela delegada Cristiana Onorato, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), e pelo diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Ronaldo de Oliveira.
As buscas estão sendo realizadas nas comunidades da Cidade de Deus e do Rola e nos bairros do Recreio dos Bandeirantes, Taquara e Praça Seca. Entre os procurados está o traficante Sergio Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa, chefe do tráfico de drogas na Praça Seca.
Em entrevista neste domingo, 29, ao Fantástico, da TV Globo, a adolescente declarou que está recebendo ameaças pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.
"Quando vim à delegacia, não me senti à vontade em nenhum momento. Acho que é por isso que as mulheres não fazem denúncias", disse a adolescente. Ao explicar o que aconteceu na delegacia, a jovem afirmou: "Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada".
No mesmo dia, a família decidiu dispensar a advogada Eloísa Samy Santiago, que defendia a adolescente no caso. Ela será protegida pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal.
O caso ganhou repercussão nacional e internacional depois que vídeos e fotos expondo a adolescente circularam nas redes sociais. A jovem afirma que foi vítima de um estupro coletivo e que mais de 30 homens participaram do ato. No fim de semana, a Polícia Militar realizou operações no Morro São José Operário, onde a vítima denuncia que o crime ocorreu.
Nesta segunda-feira, às 14 horas, a polícia reunirá novamente a imprensa para divulgar mais informações sobre as investigações.
(Com informações das Agências Estado e Brasil) .