São Paulo, 02 - Com objetivo de incentivar estudos sobre o vírus zika - da prevenção ao tratamento da infecção -, o governo federal lançou nesta quinta-feira, 2, edital para pesquisas no valor de R$ 65 milhões. A maior monta virá do orçamento da pasta da Educação (R$ 30 milhões); Saúde (R$ 20 mi) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 15 mi) também participam da iniciativa.
O recurso faz parte das ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à microcefalia, lançado em dezembro. "O nosso objetivo é encontrar tecnologias e mecanismos para combater o mosquito. É a nossa prioridade porque atacar o vetor é mais eficiente, porque senão vamos ter que produzir vacinas para cada doença nova que aparecer,” afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, na cerimônia em Brasília.
Os projetos contemplados deverão estar em uma das linhas temáticas relacionadas ao vírus: desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas, desenvolvimento e avaliação de repelentes e de imunobiológicos, inovação em gestão de serviços em saúde, imunologia e virologia, epidemiologia e vigilância em saúde, estratégias para controle de vetores, desenvolvimento de tecnologias sociais e inovação em educação ambiental e sanitária, além de fisiopatologia e clínica.
O pesquisador interessado em participar do edital deve encaminhar o projeto pelo site do CNPq com o formulário de propostas online, disponível na Plataforma Carlos Chagas. Os estudos devem ser concluídos em 48 meses.
O Ministério da Saúde informou que as propostas passarão por cinco etapas de análises por especialistas e consultores do Capes, CNPq e do Departamento de Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Vigilância em Saúde, do ministério.
"Os resultados e a contratação das pesquisas serão realizados no início do segundo semestre. Os projetos serão financiados dentro de três faixas de recursos: até R$ 500 mi, de R$ 500 mil até R$ 1,5 milhão e de R$ 1,5 milhão até R$ 2,5 milhões", informou a pasta.
Segundo o ministério, a pasta já se comprometeu com cerca de R$ 130 milhões para vacinas, soros e estudos sobre doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti.