Cristiana não quis detalhar a participação do quinto suspeito no crime. Nesta quinta-feira, 9, a equipe da delegada esteve nos dois pontos onde a jovem passou no fim de semana do crime. O primeiro é conhecido como "cafofo". O outro, "abatedouro". A vítima esteve no cafofo com Raí de Souza, de 22 anos, Lucas Perdomo, de 20, e Joyce, de 18. Ela relatou em depoimento ter acordado em outra casa, o abatedouro.
O cafofo fica a 15 metros do local do baile funk onde a adolescente esteve na noite de 20 de maio. A festa é chamada na favela de Baile da Assembleia, por ocorrer ao lado de uma sede da Assembleia de Deus.
"O primeiro local fica na parte mais baixa do morro. O abatedouro fica no topo, perto da mata e na frente do QG do tráfico. Como há muitas escadas e o local é estreito, uma pessoa só não conseguiria carregá-la. Ou ela foi levada por mais pessoas ou foi andando, embriagada. Estamos investigando ainda."
A delegada contou que os dois imóveis são sujos, com lixo acumulado, e abandonados. Ambos são frequentados por traficantes. Os investigadores concluíram que o abatedouro não tinha capacidade de comportar 30 pessoas, como acusou a vítima em depoimentos.
Cristiana descartou a participação de Marcelo Miranda da Cruz Correa e Michel Brasil da Silva no estupro. Com as prisões decretadas, os dois estão foragidos. São suspeitos de terem divulgado nas redes sociais os vídeos em que a adolescente é agredida sexualmente.
A delegada já considera como envolvidos no estupro Raí, preso desde o dia 30; Raphael Assis Duarte Belo, que fez uma selfie com a jovem nua e desacordada, também preso; o traficante apelidado de Perninha, que teria feito os vídeos; e Moisés de Lucena, o Canário, também vinculado ao tráfico na favela. Também é acusado Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, chefe do tráfico no Morro do Barão. Já teve a prisão decretada e está foragido.
Videoconferência
O jogador de futebol Lucas Perdomo, que chegou a ser preso no dia 30, foi solto há uma semana por não haver provas de que esteve no abatedouro. A delegada pretende ouvir novamente a menina, por videoconferência, já que ela está em programa de proteção federal, fora do Rio.
A delegada questionará a jovem sobre as contradições em seus dois depoimentos.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..