O Estado de S.Paulo
, deverá ser oficializada na próxima semana pelo Ministério da Saúde.
A confirmação, considerada relevante por especialistas, ocorre em um momento em que governo se esforça para transmitir segurança à comunidade internacional, que volta os olhos para o Brasil com a proximidade da Olimpíada. Ontem, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, concedeu uma entrevista para a imprensa internacional para mostrar o baixo risco de turistas se contaminarem com o vírus durante o período dos jogos.
Para cientistas, embora mortes provocados por zika sejam consideradas raras, elas indicam que o vírus tem potencial para levar a quadros bem mais graves do que se imaginava. Além de risco de aborto e microcefalia nos bebês infectados na gestação, o zika também pode provocar em adultos encefalite e Síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune que leva à paralisia dos membros.
Cada informação que se tem sobre o vírus é essencial. Podemos dizer que ele ainda é um grande desconhecido da ciência, afirma a pesquisadora da seção de Arbovirologia e Febre Hemorrágica do Instituto Evandro Chagas Socorro Azevedo. As novas confirmações indicam a necessidade de se pesquisar qual é o mecanismo de ação do vírus no organismo humano que pode provocar a morte. Outro ponto considerado essencial é desvendar quais fatores levam o paciente a ficar mais suscetível à ação do vírus.
O Brasil foi o primeiro país a confirmar que a zika poderia provocar morte em adultos.
Além do Brasil, os Estados Unidos também confirmaram uma morte provocada pelo zika. O caso, divulgado em abril, é de um homem de 70 anos. Ele teve a infecção tratada, mas morreu em consequência de uma hemorragia.
Casos. No Brasil, o primeiro paciente a morrer por zika foi um homem do Maranhão. O resultado, divulgado em novembro, foi analisado com cuidado por causa das condições do paciente. Ele apresentava lúpus, uma doença que pode complicar-se de forma expressiva quando o organismo é infectado por bactérias ou por vírus.
No segundo caso, confirmado dias depois, a paciente, jovem, não tinha, até a infecção, problemas graves de saúde. Os primeiros sintomas apresentados foram dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e nas mucosas, em setembro. Ela morreu no fim de outubro. A terceira paciente que morreu tinha 20 anos. Ela ingressou no hospital do Rio Grande do Norte com queixas respiratórias. O óbito aconteceu em 12 dias.
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