Os apoios que caíram com a força das ondas mediam 70 centímetros por 70 centímetros. Mas o prefeito Eduardo Paes admite que a via pode não estar liberada a tempo para a Olimpíada.
A reconstrução dos pilares e da pista ficará a cargo do consórcio Contemat/Concrejato, o mesmo que ergueu a ciclovia. Para o prefeito Eduardo Paes (PMDB), não há problema nisso. "Ficou claro que houve erro de projeto, não foi de execução. Portanto a obrigação dessa empresa é concluir o seu trabalho", afirmou o prefeito. Segundo ele, é preciso esperar a investigação policial para tornar o consórcio inidôneo e, portanto, inapto para fazer obras públicas.
Para montar o sistema para acompanhar ondas, o prefeito vai comprar duas boias de monitoramento.
Paes reconhece que a ciclovia pode não estar pronta para a Olimpíada. Só será liberada depois que forem concluídos os estudos de batimetria (estudos das ondas e do fundo do mar) e o sistema de monitoramento.
"Era um desejo, uma vontade (abrir a ciclovia para os Jogos).A cidade passou por mudanças importantes. Seria muito triste aquela obra ficar marcada pelo acidente e não permitir que os turistas desfrutassem de ciclovia tão bonita. Mas a gente vai fazer isso com toda a segurança. Não estamos pautados pela Olimpíada", afirmou.
Paes voltou a cobrar que os responsáveis pelo desabamento sejam punidos "de acordo com o CPF e não pelo CNPJ". "Essa é uma cultura brasileira que tem de mudar. Não é difícil chegar ao CPF. A culpa política é do prefeito. Apanho politicamente por isso, merecidamente.