Segundo o promotor, a detenta agiu de má-fé ao declarar um endereço inexistente, já que planejava encontrar-se com o namorado, em Angatuba, interior de São Paulo. Ela informou um endereço na cidade, mas estava na propriedade de uma irmã do rapaz, na zona rural do município, onde acabou detida pela Polícia Militar.
O promotor apurou que, em sua saída anterior, durante a Páscoa, Suzane já havia informado o endereço falso à Coordenadoria de Estabelecimentos Prisionais do Vale do Paraíba. Ela também forneceu, como contato, o número do telefone de outra pessoa.
O parecer, dado em processo que apura a falta cometida pela presa, contraria o resultado da sindicância da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), que entendeu não ter havido má-fé nesse caso. A SAP sugeriu que seja suspenso o direito de Suzane às saídas temporárias por um período de seis meses, mas sem regressão ao regime fechado.
O processo aberto pela Vara de Execuções, sem prazo para ser concluído, vai definir se Suzane permanece no semiaberto ou se volta para o regime fechado. A Defensoria Pública de Taubaté, que defende Suzane, não se manifestou sobre o parecer da promotoria. A jovem foi considerada cúmplice do assassinato dos pais, Marísia e Manfred van Ritcthofen, ocorrido em 2002..