Menino de 11 anos é amarrado e carbonizado

O pai do menino teria registrado ocorrência de desaparecimento um dia antes de a polícia encontrar o corpo

Thiago Soares
Maurício Costa Souza - Foto: Reprodução
A Polícia Civil apreendeu um adolescente de 15 anos acusado de assassinar Maurício Costa Souza, 11, na Cidade Estrutural, no Distrito Federal. O garoto, de acordo com os investigadores, foi morto por um desentendimento relacionado por um aparelho Playstation.

Segundo informações da Polícia Civil, o crime ocorreu no fim de tarde de sexta-feira (18), a aproximadamente 100 metros da residência do autor. O corpo da vítima foi encontrado às 8h deste domingo (19/6) enrolado em um cobertor e carbonizado em um matagal na Quadra 17 do Setor de Chacáras Santa Luzia. O menino estava desaparecido desde as 15h de sábado (18/6). Durante a briga por causa do videogame, o autor teria degolado a vítima e depois ateado fogo no corpo de Maurício. O suspeito foi encaminhado para a DCA.

- Foto: Ed Alves/CB/D.A Press
O catador de papel Francisco de Assis Costa, 43, registrou ocorrência de desaparecimento do filho na noite de sábado (18/6), na 4ª Delegacia de Polícia (Guará). O garoto sumiu depois de sair de casa para jogar bola.
“Hoje cedo saí para procurar ele de novo. Fui na casa onde ele costumava ir e disseram que não tinham visto ele. Mas, falaram que havia um corpo aqui”, relata Francisco. O pai reconheceu Maurício pela bermuda, uma vez que o corpo estava carbonizado.

Vizinhos ficaram assustados com a cena. Investigadores da Polícia Civil foram até a casa, onde o pai foi pedir informações sobre Maurício, e encontraram marcas de sangue no barracão de madeira. Os investigadores levaram o adolescente para a Delegacia da Criança e do Adolescente. No barraco, os policiais também encontraram uma arma de pressão. Segundo Francisco, o filho costumava frequentar o local. “Ele mantinha amizade com o rapaz. Nunca pensei que uma tragédia dessa poderia ocorrer com a nossa família”, contou o pai.

Maurício estava no terceiro ano do ensino fundamental e, às vezes, auxiliava o pai e mãe no lixão. Segundo o pai, o garoto não tinha nenhuma inimizade. “Ele não tinha problemas com drogas e nem se envolvia com gente errada”, disse. O crime é investigado pela 8ª Delegacia de Polícia (SIA).
O padrasto do adolescente foi detido após por ter sido abordado por policiais portando crack para consumo próprio. Ele foi autuado por uso e porte de drogas e liberado, após assinatura do termo de compromisso de comparecimento à Justiça..