Rio, 04 - Preso no Piauí sob acusação de estupro, o irmão do ex-goleiro Bruno, Rodrigo Fernandes, afirmou à Polícia Civil daquele Estado ter presenciado a morte e ocultação do cadáver de Eliza Samudio. Mãe de um filho de Bruno, a mulher desapareceu em 2010. Bruno foi condenado a 17 anos e meio de prisão pelos crimes, e o corpo de Eliza nunca foi encontrado. Além do goleiro, que está detido no presídio de Contagem (MG), outras sete pessoas foram presas pelos crimes contra Eliza.
O irmão do goleiro está preso desde setembro de 2015 no presídio do município de Altos (PI), acusado de estupro. Ele já havia sido detido outras vezes por acusações semelhantes e já respondeu ou ainda responde a seis acusações de estupro.
Em depoimento à Polícia Civil do Piauí, o irmão de Bruno afirmou que o corpo de Eliza foi ocultado em uma cidade de Minas, mas que só dará mais detalhes se for incluído em um programa de proteção de testemunhas. Ele também acusa mais duas pessoas de participar da morte de Eliza. O nome desses acusados ainda não foi divulgado.
Embora Bruno tenha sido julgado pela Justiça de Minas, porque o crime teria sido praticado em um sítio do ex-atleta naquele Estado, a Polícia Civil do Rio também investiga as agressões sofridas por Eliza. Isso porque, cerca de um ano antes de desaparecer, ela própria tinha denunciado agressões à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá (zona oeste).
A Polícia Civil do Piauí informou a Deam sobre o teor do depoimento de Rodrigo Fernandes, e a delegacia está investigando o caso. Nesta segunda-feira, 4, a Deam emitiu nota sobre o caso: Encontra-se em andamento uma investigação complementar para identificar dois indivíduos que teriam participado do sequestro e da tentativa de aborto sofridos por Eliza Samudio.
Segundo a delegacia, o irmão de Bruno narrou à polícia do Piauí que estava no Rio de Janeiro na época do sequestro, mas não informou se teve alguma participação no crime. Ele disse também ter presenciado o homicídio de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais, e informou que prestará mais informações a respeito se for incluído em programa governamental de proteção à testemunha.
A Polícia Civil do Rio encaminhou o depoimento à Justiça de Minas Gerais, para eventuais providências.