Sorocaba - A Justiça entendeu que a detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, não cometeu falta grave ao fornecer endereço falso na saída temporária do Dia das Mães. Em decisão publicada nesta quinta-feira, 7, a juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, acatou a tese da defesa de que a presa não agiu de má-fé.
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Promotoria recomenda regime fechado a Suzane RichthofenDe castigo, Suzane pode ficar seis meses sem saídas temporáriasIrmão de Suzane von Richthofen está entre usuários retirados da CracolândiaSuzane ganha seis dias fora da prisão pelo Dia das CriançasNesta sexta-feira, o promotor criminal Luiz Marcelo Negrini, que acompanha o caso, entrou com recurso contra a decisão. Para ele, Suzane cometeu falta grave ao omitir o endereço onde se encontraria com o namorado, e deve ser punida com a regressão para o regime fechado. O julgamento do recurso ainda não tem data. A absolvição também contraria o parecer de sindicância aberta pela Secretaria da Administração Penitenciária, que havia imposto a Suzane a perda do benefício das saídas temporárias por seis meses.
Suzane deixou a Penitenciária de Tremembé, onde cumpre pena, no dia 4 de maio para passar o Dia das Mães fora da prisão, mas foi flagrada, no dia 9, em endereço diferente do que havia declarado à Justiça. Ela estava no sítio da família de uma colega de cela, em Angatuba, na companhia do namorado, Rogério Olberg. Levada de volta à prisão, ela ficou em isolamento aguardando o julgamento pela infração.
Com a absolvição, Suzane pode voltar a pleitear o direito de estudar fora da prisão. A SAP informou que já cumpriu a decisão judicial, determinando o retorno da presa à ala de progressão penitenciária. Procurado para falar sobre o recurso da promotoria, o defensor de Suzane, Rui Freire, não deu retorno..