Depois de quase 24 horas, o paquistanês detido suspeito por terrorismo acabou liberado da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. No domingo, Rashad Sohail, 32 anos, mobilizou as forças policiais após ser alvo, inicialmente, de uma denúncia de Maria da Penha. Ao ser levado para a delegacia, o homem teria comentado que tinha o objetivo de causar uma explosão no Aeroporto Internacional de Brasília. A esposa acionou a Polícia Militar e afirmou que o marido estava transtornado. Por esse motivo, estava com medo de entrar na casa em que moram em São Sebastião, no DF. Ela, porém, desmente a intenção de um ato terrorista. “Ele estava conturbado, mas não falou de bomba comigo em nenhum momento”, defende a doméstica Antônia Soares de Oliveira, 35, contrariando informações dadas pela polícia.
Rashad foi liberado após a Polícia Federal não identificar qualquer indício que o incrimine como um terrorista. A confirmação veio com depoimentos do casal e de outros parentes.
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Segundo a esposa, ele estava com uma viagem agendada na última quinta-feira para São Paulo, de onde seguiria para o Paquistão. “Ele tinha chegado há menos de um dia da capital paulista. Foi lá buscar uma mercadoria no aeroporto. Estava com a intenção de mexer com revenda de aparelhos odontológicos, mas não conseguiu trazer os produtos. Quando o vi, percebi que estava transtornado. Na quarta-feira, dormi na casa da minha patroa. Na quinta, alertei sobre os horários e ele perdeu o voo”, detalhou Antônia, companheira de Rashad. Com isso, a viagem acabou remarcada para ontem. A partida para o país natal seria hoje, do Aeroporto Internacional de Guarulhos. “Percebi que ele estava conturbado; por isso, fiquei com medo de ir em casa.