Os dez investigados por suspeitas articular ataques terroristas no Brasil estão presos em um presídio federal em Campo Grande (MS). Segundo a Polícia Federal (PF), continuam as buscas por duas pessoas que têm mandados de prisão em aberto. De acordo com a investigação da Operação Hastag, os supostos terroristas se comunicavam via redes sociais e aplicativos de mensagens e chegaram a tramar a compra de armas, como um fuzil AK-47.
A operação de ontem ocorreu a 15 dias do início dos Jogos Olímpicos, colocando em prática, pela primeira vez, a Lei Antiterrorismo. Quatro pessoas foram presas no estado de São Paulo, uma no Amazonas e outra no Paraná. As restantes foram presas no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, no Ceará e na Paraíba. Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais.
Alguns envolvidos fizeram um juramento ao Estado Islâmico, rede terrorista. Apesar da divulgação, ministros chamaram integrantes do grupo de “amadores” e voltaram a afirmar que o risco de terror é pequeno.
Fim da ameaça
Segundo o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, as prisões ocorridas nessa quinta-feira (21/7) e a deportação do físico e professor da UFRJ Adlène Hicheur, condenado por terrorismo na França, colocam um fim a todas as possíveis ameaças detectadas de atentados durante os jogos olímpicos, que começam no próximo mês.